Quando há seca e não chove durante muito tempo, o trabalho da mulher camponesa torna-se mais difícil, porque enquanto há mulheres que conseguiam cultivar 8 ou 10 canteiros na época de temperatura normais, no tempo da seca a terra torna-se mais difícil de cultivar porque a areia está seca, o que exige maior força física por parte delas. Isso reduz a quantidade de canteiros cultivados e faz com que elas só consigam cultivar 4 ou 5 canteiros, facto que também reduz o valor monetário que as mulheres camponesas vão receber como pagamento pelo trabalho prestado.
No tempo de chuvas, as culturas que mais são produzidas são o tomate, pepino, repolho, entre outros, que precisam de água, sendo por isso praticada a agricultura de regadio.
Desafios do Cultivo em Tempos de Seca
No tempo da seca, para aquelas camponesas que trabalham em machambas cuja localização é privilegiada pelo facto de estar próximo a um rio, é possível puxar a água do rio através de uma motobomba e tubos. Mas para se ter a água do rio e regar as machambas, é preciso ter recursos finaceiros para comprar a motobomba e os tubos que puxam a água, algo que muitas vezes é difícil devido a falta de apoio financeiro específico para as mulheres camponesas.
A existência de água dos rios para a prática da agricultura, está condicionada a existência de água nesses rios. Quando vem a seca, e não chove durante muito tempo, o rio também seca, e vem a falta de água para agricultura, o que prejudica a actividade da mulher camponesa.
No tempo da seca, e com a falta de água dos rios, pratica-se a agricultura de secagem onde cultiva-se mais o o milho e o amendoim. O principal desafio do tempo da seca na prática da agricultura, é a escassez de alimentos nos mercados e a consequente subida dos precos dos produtos agrícolas, aumentando o custo de vida de muitas mulheres e suas famílias que dependem da agricultura para viver.