Agricultura Sazional como Solução da Falta de Emprego para Mulheres Camponesas

As mulheres nas zonas rurais enfrentam  desafios no acesso ao emprego, e a agricultura tem sido uma actividade que serve como  fonte de rendimento para o seu sustento e o sustento das suas familias.

Na regiao sul da provincia de Maputo, encontramos vários grupos de mulheres camponesas, sem distinção de idade desde jovens, adultas, até  mulheres em tornos dos 60 anos de idade. Lá, nas machambas próximas ao Rio Umbeluze, são várias as mulheres que trabalham num regime sazional (part time) em machambas pertencentes a pessoas particulares ou empresas. Essas machambas servem de escape para as mulheres poderem ter o seu sustento, pelo menos para terem acesso a um rendimento que lhes permita comprar produtos básicos para as suas familias, uma vez que a falta de emprego formal, é uma realidade para muitas mulheres nestas regiões rurais.

Conversamos com uma mulher camponesa em torno do 50 anos de idade, que partilhou mais menos o seu dia-a-dia de trabalho, no qual é semelhante ao das suas colegas. São em torno  10 mulheres, mais ou menos, que trabalham numa machamba, como trabalhadoras sazionais, auferindo em media 130 meticais por dia, sendo que trabalham durante mais ou menos 5 dias, numa machamba.

Constantina é uma mulher camponesa, que explicou que as mulheres camponesas naquela região dedicam-se a pratica da agricultura, pois encontraram nesta actividade a sua fonte de renda.

“Na falta de emprego, várias são as mulheres que praticam a agricultura para o sustento das suas familias. Trabalhamos mais ou menos  5 dias numa machamba. A nossa forma de trabalhar é em forma de biscato (sazional – part time), e recebemos 130 meticais por dia. Quando o biscato acaba numa machamba, nós saimos e vamos procurar biscato noutras machambas,” disse aquela mulher camponesa.

No entanto, muitas  mulheres camponesas trabalham normalmente sem contratos de trabalho formais, portanto, trabalham em regime sazional, e o redndimento depende da disponibilidade de trabalho.

As mulheres camponesas produzem  diversos produtos para a posterior venda nos mercados locais. O tomate e o repolho são as culturas que mais são produzidas, e têm maior acesso aos mercados locais, onde os produtos são vendidos.